quinta-feira, abril 20, 2006

Joan Miró ( 1893 - 1983 )



















Constelações- Miró



Hoje Joan Miró faria 113 anos! Nasceu em Barcelona em 20 de abril de 1893.
Na sua pintura e desenhos, tentou criar meios de expressão metafórica, ou seja, descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e surrealistas.
Influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os elementos figurativos ressurgiram em suas obras.
Na década de 1930, seus horizontes artísticos ampliaram-se. Fez cenários para balés, e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram o seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a guerra civil espanhola, cujos os horrores influenciaram a sua produção artística desse período.
No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebre "Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anónimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra.
Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.
Foi classificado entre os surrealistas, mas a sua linguagem parece dotada de uma simplicidade mais infantil que não caracteriza exactamente os surrealistas. Entretanto, é preciso muitas vezes compreender o que deseja o autor para poder visualizar melhor a pintura.
Essa forma de interpretação através de símbolos preenche completamente grande parte dos seus quadros, onde tudo é mostrado unicamente através de traços, símbolos e sugestões. Para compreender Miró é preciso alguma imaginação e uma interpretação, mas isso não o diferencia da maior parte dos artistas. Não há como compreender e sentir verdadeiramente a Arte se não colocarmos os "óculos", dependentemente da cor da lente ;)

(ganda seca que vos prego ao lerem isto tudo, mas não consegui resumir mais :P , porque haveria tanta coisa ainda por dizer ... )

sábado, abril 15, 2006

Pascha
















Nascimento do Homem Novo - Salvador Dalí


Nascimento do Homem Novo....

"A minha civilização repousa sobre o culto do Homem através dos indivíduos. Teve o desígnio, durante séculos, de mostrar o Homem, assim como ensinou a distinguir uma catedral através das pedras. Pregou esse Homem que dominava o indivíduo... Porque o Homem da minha civilização não se define através dos homens. São os homens que se definem através dele. Há nele, como em todo o Ser, qualquer coisa que os materiais que o compõem não explicam. Uma catedral é uma coisa muito diferente de uma soma de pedras. É geometria e arquitectura. Não são as pedras que a definem, é ela que enriquece as pedras com o seu próprio significado. Essas pedras ficam enobrecidas por serem pedras de uma catedral. As pedras mais diversas servem a sua unidade. A catedral as absorve, até às gárgulas mais horrendas, no seu cântico. Mas, pouco a pouco, esqueci a minha verdade. Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória."

Antoine de Saint-Exupéry, in 'Piloto de Guerra'


Uma boa Páscoa!